Um dos agentes extintores que ajudam no combate a incêndio em indústrias é o sistema fixo de CO2. Essa instalação combate e controla as chamas por meio da liberação de dióxido de carbono.
Mas, como qualquer outro agente de segurança contra incêndio, o sistema fixo de CO2 conta com algumas especificidades. Neste caso, ele não pode ser utilizado em lugares com grande concentração de pessoas, pois pode causar asfixia.
Para saber se o sistema fixo de CO2 é ideal para a indústria que você trabalha, preparamos esse post com todas as informações sobre essa instalação, incluindo seus sistemas de pressão e quais são as formas de acioná-lo.
Desejamos uma boa leitura!
O que é um sistema fixo de CO2
Um sistema fixo de CO2 é um dos sistemas de combate a incêndio mais comuns. Esta instalação combate o incêndio por meio da liberação de dióxido de carbono (CO2) em um espaço que esteja pegando fogo.
O dióxido de carbono é um gás incolor, inodoro, e não é condutor de eletricidade. Esse gás é um agente supressor, que age de forma rápida e eficiente no controle das chamas, sendo capaz de sufocá-las. Esse agente também impede com que o fogo se alastre.
Só que é necessário tomar alguns cuidados com a aplicação do sistema fixo de CO2. Para ser efetivo, esse sistema precisa ser aplicado em concentrações elevadas, maiores que os patamares de segurança para o ser humano. Dessa forma, pode existir risco à saúde humana.
Por isso, se usado em grandes concentrações, o CO2 pode provocar tonturas e enjoo quando inalado em pequenas quantidades e até asfixiar quem está no local, já que tira o oxigênio do ambiente. Logo, esse sistema é recomendado para a proteção somente de áreas e máquinas que trabalhem normalmente desocupadas.
A extinção do fogo também pode ocorrer por meio do resfriamento do local protegido pelo sistema, devido ao contato do CO2 e à baixa temperatura com a superfície em combustão.
O dióxido de carbono é armazenado em cilindros de aço para armazenamento de gases em alta pressão, onde é armazenado em estado líquido. Esse sistema é composto por especificações como válvulas, bicos nebulizadores e detetores. Outros componentes, como painéis de controle e alarmes, também podem ser incluídos na instalação.
Esses sistemas podem ser diferenciados por dois tipos diferentes, medidos pela pressão:
- Sistema de Alta Pressão: o CO2 é armazenado em cilindros pressurizados na temperatura ambiente;
- Sistema de Baixa Pressão: o CO2 é armazenado em containers pressurizados a baixas temperaturas, por volta dos -18°C.
Quais indústrias utilizam um sistema fixo de CO2
O sistema fixo de CO2 pode ser usado tanto em áreas offshore como em áreas onshore, desde que sejam locais em que não haja a presença contínua de pessoas, devido ao risco de asfixia.
Esse sistema pode ser instalado nos mais diversos locais, como:
- indústria naval: navios, plataformas, casa de máquinas, áreas de carga, depósitos de inflamáveis;
- indústria química: equipamentos de processos químicos;
- indústria petroquímica: plataformas de petróleo;
- indústria de energia: salas de transformadores, salas de geradores, salas elétricas, equipamentos rotativos elétricos.
Como utilizar um sistema fixo de CO2 no combate a incêndio
O sistema fixo de CO2 atua principalmente no combate a incêndio onde existam riscos da classe B, causados por materiais líquidos, gases inflamáveis ou sólidos, que se tornam líquidos; ou da classe C, que envolvem equipamentos elétricos que estejam energizados.
Em casos de incêndio, esse sistema pode ser acionado tanto de forma automática (por meio do sistema de detecção e alarmes) se o sistema for descarregado numa área onde não seja possível have presença de seres humanos, ou manual (atuando diretamente na válvula de descarga) para áreas onde possa haver a presença de pessoas no ambiente, atendendo às especificidades de cada situação, tais como as dimensões do local, por exemplo.
Os sistemas fixos de CO2 suprimem o fogo por inundação total, descarregando todo o agente extintor no ambiente, ou por aplicações locais.
A inundação total ocorre há a descarga de dióxido de carbono calculada no interior de um ambiente, ou fechado ou com poucas aberturas, de acordo com o volume do local. Essa descarga é dimensionada para distribuir o CO2 no local de maneira uniforme.
Neste caso, precisa-se certificar de que não há a presença de pessoas na região protegida, devido ao risco de asfixia.
Já a aplicação local é quando ocorre a descarga de CO2 em lugares geralmente abertos, com concentração suficiente para a cobertura de um volume ou área específica, principalmente pela impossibilidade de enclausurar o foco de incêndio.
Vantagens de um sistema fixo de CO2
Um sistema fixo de CO2 oferece diversas vantagens na segurança e no combate a incêndio, tais como:
- Não é corrosivo;
- Não é condutor de eletricidade;
- É inodoro e incolor;
- Não deixa resíduos;
- Não deteriora com o tempo;
- Extingue as chamas de forma rápida, devido à densidade do CO2 em relação a do oxigênio;
- Pode ser facilmente armazenado em cilindros.
- Possui baixo custo relativo.
Considerações finais
Um sistema fixo de CO2 combate o incêndio por meio da liberação de dióxido de carbono, agindo de forma eficiente e rápida no controle do fogo, impedindo com que ele se alastre no local protegido.
Apesar de ser um gás incolor e inodoro, a supressão por dióxido de carbono diminui a concentração volumétrica do oxigênio do local de risco a níveis muito baixos. Por isso, é fundamental que a sua utilização ocorra com a ausência de pessoas no ambiente.
Esse sistema é ideal para ser usado nos mais diversos setores, como as indústrias naval, química, petroquímica e de energia, e onde não há a grande concentração de pessoas. Desta forma, esse sistema pode ser a opção a oferecer a segurança necessária para o local.
É muito importante que os sistemas fixos de CO2 sejam projetados e instalados por empresas sérias, competentes e experientes, que sigam todas as regulamentações internacionais prescritas para garantir a segurança e efetividade do sistema.
Lembramos que um sistema mal projetado ou executado pode perder sua efetividade ou causar sério risco à saúde e à vida das pessoas.
A indústria precisa contratar uma empresa especializada para fazer o projeto, de preferência, na construção da indústria ou plataforma.
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