A prevenção e combate a incêndio em prédios antigos é, geralmente, inexistente. Esse tipo de construção costuma sofrer com a falta de manutenção, além de nunca estarem devidamente equipados para se protegerem das ocorrências contra o fogo.
E nem sempre se mudar é viável para a empresa que o ocupa. É o caso de muitos prédios familiares, ou em casos de empresas antigas, que funcionam no mesmo local há muito tempo. Às vezes, acontece da empresa ter acompanhado a modernização das suas instalações, mas a manutenção predial em si deixa a desejar.
Por isso, é fundamental que essas edificações mais antigas se adequem às normas de segurança contra incêndios, para evitar acidentes e preservar as vidas que se encontram no local.
Para saber quais são as formas de prevenção e combate a incêndio em prédios antigos, preparamos esse texto que mostra como esses edifícios podem se adequar para receber as medidas de segurança contra as chamas.
Boa leitura!
O que é considerado um “prédio antigo”?
Diferentemente de Nova York, nos Estados Unidos, que em 1867 obrigou todos os edifícios a terem uma saída de emergência em cada apartamento, por meio de escadas de ferro, o Brasil pensou bem mais tarde nas questões de prevenção e combate a incêndio em edificações.
Foi só em meados de 1975 que surgiram as primeiras leis estaduais de segurança contra incêndios. Essa preocupação se deu após os incêndios nos edifícios Joelma e Andraus, em São Paulo. Atualmente, no Brasil, a lei 13.425/2017 estabelece diretrizes sobre as medidas de prevenção e combate a incêndio em edificações.
Ou seja: muitos prédios construídos antes de 1975 não possuem as devidas medidas de segurança contra incêndios, assim como a instalação de sistemas de controle de fumaça, de portas corta-fogo e de extintores de incêndio.
Por isso, os prédios com mais de 30 anos são mais vulneráveis ao fogo. Durante sua construção, não existiam leis que os adequaram às normas de segurança contra incêndio. Por conta disso, eles não foram equipados para prevenir e combater as chamas.
Desta forma, é muito mais fácil ocorrer um incêndio de proporções gigantes em um prédio antigo, que não recebe manutenções do que em um já estruturado e com equipamentos de segurança contra incêndios.
Além disso, edificações antigas estão mais suscetíveis a apresentarem um mau estado de conservação. Se não passarem pelas devidas manutenções preventivas, especialmente em instalações elétricas e hidráulicas, esses prédios podem apresentar mais chances de sofrer uma ocorrência que envolva fogo.
É essencial que síndicos de prédios antigos realizem a manutenção preventiva nessas edificações, para diminuir as chances de incêndio. Assim como a instalação de artifícios que promovam a segurança contra incêndio nessas estruturas.
A seguir, mostraremos como a manutenção e a instalação são possíveis.
Como adequar prédios antigos para o combate a incêndio
A solução para adequar prédios antigos é investir na reforma dos edifícios e nas recorrentes manutenções preventivas, de acordo com as diretrizes do Corpo de Bombeiros.
A administração de um prédio antigo é a responsável por criar um plano de segurança contra incêndios, desde que tenha o auxílio de um engenheiro especializado. A partir deste plano, as modificações já podem ser regularizadas.
Os prédios antigos precisam se ajustar nos seguintes aspectos para receberem segurança contra ocorrências de fogo:
- contar com saídas de emergência sinalizadas;
- instalar portas corta-fogo;
- ter escadas de segurança, com números de degraus, largura e material indicados pelo Corpo de Bombeiros;
- elaborar uma rota de fuga;
- contar com compartimentação horizontal e vertical, que impedem a propagação de incêndio;
- receber a instalação de um sistema de detecção e alarme de incêndio, e um sistema de controle de fumaça;
- elaborar um projeto de combate a incêndio;
- contar com a inspeção e a vistoria do Corpo de Bombeiros.
Além da reforma do prédio, é necessário que sejam realizados constantes inspeções, reparos e manutenções, especialmente em fiações elétricas, bem como instalações de equipamentos de segurança.
A adoção de tecnologias que consigam detectar a ocorrência de fogo é fundamental para promover uma evacuação segura.
Alguns dos principais equipamentos e sistemas contra incêndio que precisam ser instalados em um prédio antigo, são:
Extintores de incêndio
Os extintores de incêndio foram criados para combater incêndios de maneira rápida e imediata.
A sua utilização deve seguir as regras do fabricante do produto, das empresas e das normas regulamentadoras da legislação brasileira.
Além disso, existem diferentes extintores de incêndio, cada um utilizado para uma classe de fogo diferente. É necessário verificar quais são as ocorrências mais passíveis de acontecerem nesse edifício antigo.
Por fim, os extintores de incêndio são equipamentos manuais. Uma pessoa que saiba manuseá-lo deve utilizá-lo para combater as chamas. Por isso, é fundamental que eles estejam instalados em locais de fácil acesso e sem barreiras que impeçam a sua utilização, bem como ter alguém no prédio treinado e apto a utilizar os extintores.
Sistemas de detecção de fumaça e alarme de incêndio
Os sistemas de detecção e alarme de incêndio são compostos por equipamentos que detectam o fogo logo no início, para que ele seja combatido o quanto antes.
Eles podem atuar de duas diferentes formas:
Proteção Passiva Contra Incêndio (PPCI)
São sistemas constituídos de materiais e soluções que evitam a propagação do fogo. Eles não combatem diretamente o foco do incêndio, mas previnem sua propagação, de forma que haja tempo suficiente de uma evacuação segura.
Proteção Ativa Contra Incêndio (PPCI)
Esses sistemas combatem imediatamente uma ocorrência de fogo já iniciada. Que pode iniciar o combate de maneira automática, por meio de sprinkles e alarmes de incêndio ou de maneira manual, com hidrantes e extintores.
Vistoria do Corpo de Bombeiros
A reforma, a manutenção e a instalação de equipamentos e sistemas são fundamentais para garantir a segurança de um prédio antigo contra incêndios.
Mas, também é essencial que uma edificação contenha um documento chamado Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
O AVCB é a certificação que assegura que aquele prédio foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros – ou seja, que ele segue as diretrizes de segurança contra incêndio. Este documento é fundamental para que a prefeitura libere um alvará para a regularização do prédio.
O AVCB é concebido por meio das vistorias realizadas pelo Corpo de Bombeiros, que provam que aquele condomínio está ou não em dia com suas obrigações de segurança.
A vistoria do Corpo de Bombeiros é realizada para liberar ou embargar o funcionamento de um local, de acordo com as exigências e normas de segurança que o local deve oferecer.
Considerações finais
Por não estarem inseridos nos moldes de segurança pregados pela legislação brasileira, prédios antigos estão mais suscetíveis a sofrerem ocorrências de incêndios de grandes proporções.
O seu despreparo envolve fiações elétricas mal conservadas, bem como a falta de equipamentos e de reformas adequadas para esse tipo de situação.
Para promover a segurança dessas edificações, os síndicos devem adequar prédios antigos com reformas, instalações de equipamentos e sistemas e em regulares manutenções preventivas.
Vistorias realizadas pelo Corpo de Bombeiros completam as medidas de segurança desses edifícios.
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