Prevenção e Combate

Manutenção contra incêndios nas indústrias de alto risco: o que precisa ser feito?

By 6 de fevereiro de 2020 No Comments
manutenção contra incêndios nas indústrias

Com fogo não se brinca. Muito menos no ambiente industrial, que armazena uma grande quantidade de materiais inflamáveis, aumentando as chances de uma grande tragédia. E, dependendo do ramo industrial, pode ser que o risco de incêndio seja muito maior. 

Por isso, é fundamental que haja nesses locais, a instalação de sistemas fixos, que ajudam na prevenção e no combate a incêndio. 

Mas tão importante quanto a instalação desses sistemas, é a manutenção preventiva nessas instalações.De que forma?  

Para que você saiba quais são as indústrias com alto risco de incêndio e como é realizada a manutenção dos sistemas contra incêndios nelas, preparamos este blog post esclarecedor sobre o assunto. 

Desejamos uma boa leitura!

Quais são as indústrias de alto risco de incêndio? 

Segundo o Corpo de Bombeiros, todas as edificações podem ser classificadas de acordo com o seu grau de risco para incêndio: pequeno, médio ou grande.

No caso dos ramos industriais, há uma divisão em dois diferentes graus de risco: médio e grande. Sendo que o risco médio está subdividido em “risco médio 1” e “risco médio 2”. 

O que diferencia esse grau de risco são as atividades desenvolvidas na indústria, além de aspectos sobre o que é armazenado nesses espaços. 

Também é levada em conta a chamada carga de incêndio – isto é, a soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão dos materiais combustíveis.

Claro que o risco de incêndio é comum para todas, mas as indústrias com alto risco precisam ter atenção redobrada com a segurança. É mais que necessário que esses ambientes estejam devidamente equipados com sistemas contra incêndio, o quanto antes.

Alguns dos ramos industriais com alto risco de incêndio são: 

  • Indústria petroquímica;
  • Indústria têxtil;
  • Indústria bélica;
  • Indústria de materiais explosivos;
  • Indústria madeireira;
  • Indústria do plástico.

Para evitar os riscos de incêndio nas indústrias

Para prevenir e combater um incêndio no ambiente industrial, especialmente no caso das indústrias de alto risco, é necessária a instalação dos sistemas fixos de combate a incêndio.

Os sistemas fixos de combate a incêndio industrial dizem respeito a uma instalação obrigatória de segurança. Esses sistemas visam prevenir e combater ocorrências de incêndio em determinado local, resguardando as operações, o patrimônio e, principalmente, as pessoas presentes na fábrica ou indústria. 

Lembrando que a instalação de um sistema fixo de combate a incêndio deve ser realizada, única e exclusivamente, por uma empresa especializada.

Existem diferentes tipos de sistemas fixos, cada um com características específicas, que podem atuar no ambiente industrial.

Alguns dos sistemas fixos mais conhecidos do mercado são:

Sistema fixo de água: libera um fluxo de água para controlar as chamas em determinado ambiente e é composto por vários componentes. Não deve ser utilizado em ambientes com grande quantidade de equipamentos eletro/eletrônicos. 

Sistema fixo de espuma: esse sistema fixo de combate a incêndio utiliza uma espuma mecânica, formada quando o líquido gerador de espuma (que é um detergente concentrado, formulado para resistir a altas temperaturas) entra em contato com o ar e a água. Muito utilizado nas indústrias de óleo e gás para combate a incêndios em líquidos inflamáveis.

Sistema fixo de CO2: combate e controla as chamas por meio da liberação de dióxido de carbono. Sua aplicação é recomendada em áreas desocupadas, pois o gás pode causar asfixia nas pessoas que estiverem presentes no local.

Sistema fixo de agentes limpos: compostos por gases que não deixam resíduos após o fogo e que não agridem a camada de ozônio. Podem ser utilizados em ocorrências onde não seja possível utilizar água para conter as chamas, como em lugares com equipamentos eletrônicos. 

Para garantir uma indústria livre de riscos de incêndio

Para garantir o bom funcionamento de um sistema fixo de combate a incêndio, independentemente do modelo adequado às operações ali exercidas, é necessário realizar manutenções preventivas nessas instalações

A manutenção preventiva de um sistema fixo de combate a incêndio segue os parâmetros da NBR 17.240/2010, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Segundo as normas, uma supervisão segura e efetiva dessas instalações assegura a segurança e efetividade desses sistemas, reduzindo um risco de incêndio. 

É fundamental que um sistema fixo de combate a incêndio seja reparado por empresas sérias, competentes e experientes, bem como por técnicos habilitados e treinados. 

Após a realização da manutenção preventiva, deve-se garantir que o sistema esteja funcionando adequadamente, de acordo com as regras vigentes. Se houver alguma alteração ou correção de falhas, é necessário realizar uma nova verificação do funcionamento desse sistema. 

De acordo com a ABNT, a manutenção de sistema fixo de combate a incêndio deve ocorrer a cada três meses, sempre observando as recomendações específicas do fabricante do sistema. 

Cada sistema fixo precisa de um tipo de manutenção diferente. Veja só:

Sistema fixo de água: como este sistema comporta diferentes componentes, cada um deles possui uma forma de manutenção específica. 

A manutenção do hidrante, por exemplo, ocorre por meio da limpeza do registro e do reparo das válvulas. Também  deve ser realizado um teste hidrostático nas mangueiras, para verificar se há vazamentos e como está a resistência dos componentes.

Já os sprinkles passam por uma análise para certificar a condição de peças como a tubulação, o bulbo e as travas, além de testes para verificar o funcionamentos dos alarmes. 

Também é possível realizar a manutenção dos reservatórios de água, que armazenam uma certa quantidade de água em caso de incêndios. Esses reservatórios podem sofrer danos como corrosão e infiltração, sendo requisitada uma inspeção para verificar a necessidade de manutenção nesses casos. 

Sistema fixo de espuma: este sistema fixo segue as normas da ABNT NBR 15511/2008. Essas diretrizes comprovam a eficiência do que certifica a eficiência do líquido gerador de espuma no combate a incêndios, de forma que esse sistema passe por testes de qualidade. 

Sistema fixo de CO2: a manutenção desse sistema pode incluir testes hidrostáticos, bem como reparo nos cilindros e em outras peças, como as válvulas e o acionador manual. Além disso, todo ano devem ser feitos testes funcionais para garantir o funcionamento dos sistemas.

Sistema fixo de agentes limpos: as manutenções desses sistemas podem ser realizadas quando for notada a ausência de pressurização nos cilindros

Considerações finais

Segundo o Corpo de Bombeiros, as indústrias estão divididas em diferentes graus de risco de incêndio. Indústrias com alto risco de incêndio, como petroquímica e têxtil, estão mais suscetíveis a correrem esse risco. 

Esses e outros ramos industriais possuem um alto risco de incêndio devido às atividades desenvolvidas e aos materiais inflamáveis armazenados nesses espaços. 

Para assegurar a segurança das operações, pessoas e o patrimônio dessas indústrias, é necessário que todos os sistemas passem por manutenções preventivas – sempre adequadas de acordo com o tipo de sistema – para funcionarem de fato. 

A cada três meses, técnicos habilitados e experientes devem realizar manutenções nesse sistema, a fim de garantir seu pleno funcionamento e eficiência em casos de incêndio.Nós, da MI Fire, contamos com uma equipe de profissionais qualificados e a postos para apresentar soluções técnicas e comerciais para prevenção e combate a incêndios em edificações comerciais e industriais.

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