Inalar fumaça de incêndio pode apresentar consequências graves para o organismo humano, mesmo que os extintores consigam sanar o problema do fogo.
A temperatura e os gases que podem ser liberados no ar, a partir da ação dos agentes combatentes em contato com as chamas, podem gerar novos compostos químicos que ao serem inspirados pelas pessoas, prejudicam sua saúde.
Pensando nisso, preparamos esse texto para alertar sobre os perigos que a fumaça de incêndio oferece ao serem aspiradas e como se prevenir para que problemas mais sérios não aconteçam.
Desejamos uma boa leitura!
A fumaça de incêndio
A fumaça de incêndio, quando inalada pelas vias respiratórias, pode ocasionar queimaduras no organismo por conta da alta temperatura que a fumaça se encontra. Porém, esse não é o único perigo, doenças como pneumonia e bronquiolite também podem ser geradas pelo alto contato da fumaça com as vias aéreas.
Esses quadros se justificam, principalmente por conta da presença de gases corrosivos para a natureza humana, como o monóxido de carbono e demais partículas que acabam sendo carregadas para os pulmões, o que causa irritação nos tecidos e inflamação dos mesmos.
Dependendo do quanto de fumaça foi inalado e do tempo que esteve exposto à ela, a pessoa pode ter um quadro de intoxicação respiratória que pode evoluir para uma parada respiratória em pouquíssimos minutos. Dessa forma, é ideal que as pessoas se mantenham longe de incêndios ao máximo e evacuem o local ao menor sinal de fogo.
Para o caso de profissionais que precisam lidar com as chamas e inevitavelmente com a fumaça, é importante que haja a utilização de material de proteção adequado que proteja as vias respiratórias, como máscaras de gás, por exemplo, que permitem que o profissional continue respirando sem ser intoxicado pela inalação de fumaça.
Perigos em inalar fumaça de incêndio
Agora, vamos falar de forma mais aprofundada quais são os perigos principais que uma pessoa pode sofrer ao inalar a fumaça de incêndio. Confira abaixo:
Queimaduras em vias respiratórias
Com o calor que é provocado pelo fogo, queimaduras no interior das vias nasais, faringe e laringe podem ser sentidas, principalmente nas pessoas que se encontram mais próximas do fogo.
Com essas queimaduras, pode ocorrer o inchaço das vias respiratórias, o que impede a passagem de ar. Ficar por cerca de 10 minutos expostas à fumaça de incêndio já é suficiente para queimar as vias respiratórias.
Asfixia
O fogo se alimenta do oxigênio que está presente no ar. Dessa forma, respirar fica mais difícil, pois a quantidade de oxigênio tende a diminuir dentro do local atingido. O CO2 presente no sangue começa a se acumular, em contrapartida, há menos oxigênio no organismo humano.
Quanto maior for o tempo da pessoa em um ambiente sem o oxigênio, maiores serão os riscos de lesões cerebrais e sequelas neurológicas permanentes ou até levar à morte.
Intoxicação por substâncias tóxicas
Na fumaça de incêndio, pode conter muitas partículas diferentes. É possível encontrar cloro, enxofre e cianeto dentro dessas partículas, sendo eles os responsáveis pelo inchaço nas vias áreas, além de impedirem a passagem de ar nos pulmões.
Bronquiolite/bronquite
Acúmulo de líquido e inflamação das vias aéreas, o que leva a passagem de ar ser impedida. O calor da fumaça ingerido pode levar ao desenvolvimento da doença que, pode passar a ser recorrente na vida da pessoa, mesmo quando a crise já foi sanada.
Isso acontece porque as vias respiratórias ficam sensíveis e vulneráveis após o ocorrido e o tempo de tratamento é longo até que a doença seja resolvida de forma definitiva.
Pneumonia
O sistema respiratório, quando está afetado, fica vulnerável para que a proliferação de vírus, bactérias e fungos aconteça com facilidade. Esse quadro pode levar à pneumonia, que pode apresentar seus sintomas até 3 semanas depois da ocorrência de inalação de fumaça.
A fumaça de incêndio e os extintores
Os extintores são conhecidos, principalmente, por conseguirem conter as chamas em menor tempo quando são acionados. Porém, dependendo do extintor e da composição química que ele possuir, há risco de intoxicação das vias respiratórias também pelos componentes emitidos pela ferramenta e que podem ser potencializados na presença da fumaça do fogo.
Por isso, a ressalva de que, além de evacuar qualquer local que esteja sendo consumido pelas chamas para que não haja intoxicação pela fumaça, vale também para o local que está recebendo os componentes químicos dos extintores quando estão agindo para controlar o incêndio.
Por vezes, a inalação conjunta desses componentes químicos com a fumaça pode acarretar na piora progressiva do quadro de doenças respiratórias, como a pneumonia, além de ser de difícil tratamento.
Existem agentes extintores limpos e que apresentam em suas composições químicas, componentes que não resultam em danos para a saúde humana e nem para o meio ambiente. Além disso, são altamente eficientes, independentemente da complexidade que a ocorrência apresente para que o fogo seja resolvido efetivamente.
Para conhecer um pouco mais dessas alternativas, recomendamos a leitura do material complementar “6 Alternativas sustentáveis para combate a incêndio em empresas e sistemas complexos”.
O tratamento para a inalação de fumaça
Na presença de fumaça no ambiente, as vias respiratórias precisam ser cobertas por um pano para que o contato do organismo com a fumaça seja o menor possível. Ao sair do ambiente atingido, é necessário buscar atendimento para avaliação de intoxicação.
Quando se inala fumaça, o tratamento deve ocorrer em um hospital, onde serão utilizadas toalhas molhadas com soro fisiológico e pomadas que protejam a pele queimada. As vítimas precisam usar uma máscara de oxigênio colocadas a 100% para conseguirem respirar de forma completa.
O paciente ficará em observação para que constate se há sinais de angústia respiratória e se há a passagem suficiente de ar pela garganta, nariz e boca. Se necessário, é colocado um tubo dentro da boca ou no pescoço para que o paciente consiga respirar com a ajuda de aparelhos.
Após cerca de 4 a 5 dias, os tecidos que foram queimados e as secreções presentes no organismo devem se soltar das vias aéreas, o que pode necessitar de aspiração para que não haja asfixia com esses resíduos.
Mais sobre saúde e segurança no combate a incêndio
O incêndio oferece riscos sérios à saúde e à integridade humana, como a intoxicação por vias respiratórias e que podem prejudicar de forma exponencial o organismo.
Pensando nisso e para podermos dar continuidade ao assunto sobre os riscos que a inalação da fumaça em excesso oferece, indicamos a leitura do material complementar “Sintomas, riscos e tratamentos para a pneumonia química: as sequelas que as classes de incêndio podem deixar”.
Esperamos que tenha uma boa leitura!
Considerações finais
Manter-se longe da fumaça e de agentes químicos que são expelidos por extintores ao apagar o fogo, é essencial para que tenha a saúde protegida contra possíveis danos que ocorrem quando ambos são inalados pelas vias respiratórias.
Por isso, tenha sempre em vista os cuidados que precisam ser tomados para que o socorro médico aconteça de forma rápida, se pessoas forem atingidas pela fumaça.
Tendo isso em vista, se você deseja entrar em contato com profissionais preparados para sanar suas dúvidas sobre as melhores alternativas para combate a incêndio de forma segura e eficiente, clique aqui para falar com um dos nossos consultores.